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INTELIGÊNCIA E PRECONCEITO
Analisando a sociedade americana, GARDNER (1993) chama a atenção para o fato de que a concepção de inteligência baseia-se por três grandes preconceitos que perturbariam o funcionamento das escolas: o "Westismo", o "Bestismo" e o "Testismo".
O "Westismo" vem de West (oeste) consiste na valorização das habilidades lingüísticas e matemáticas do indivíduo, ignorando-se outras formas de representação de idéias. Vale dizer que partilhamos desta idéia quando afirmamos que pessoas que se dão bem em Matemática são mais inteligentes que as outras.
O "Bestismo", outro preconceito apontado por Gardner, teria como fundamento a difusão do pressuposto de que o que importa é ser o melhor, tanto nos processos educacionais quanto no desenvolvimento das relações sociais.
Quanto ao "Testismo", está diretamente associado aos processos de avaliação e envolve a suposição de que tudo o que tem valor pode ser avaliado através do recurso aos testes "objetivos".
De modo geral, portanto, para a ultrapassagem dos três preconceitos apontados por Gardner, é fundamental um reexame da concepção de inteligência, em busca de uma perspectiva mais abrangente, que considere as múltiplas faces da manifestação da competência, valorizando as diferentes formas de associação de idéias.
Fonte: Texto de Nilson José Machado: Concepções de Inteligência: Dos Testes de QI ao espectro de Competência, disponível no site:serprofessoruniversitario |
Sueli da Silva Rossi
CRTE - Londrina
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